Omar Aziz ignora pressão popular e segue como defensor de Moraes no Senado

Amazonas Brasil

Apesar da crescente insatisfação popular e do avanço das sanções internacionais, senador amazonense mantém firme apoio ao ministro do STF, indo na contramão da maioria dos brasileiros e dos colegas do Congresso.

Em um momento de forte desgaste institucional do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Omar Aziz (PSD-AM) se destaca não por questionar os abusos ou pedir apuração dos atos do ministro Alexandre de Moraes, mas por reforçar sua blindagem no Senado. Em contraste com uma parcela crescente da população e de seus próprios colegas, o parlamentar do Amazonas adota uma postura de total alinhamento com o governo Lula e com o atual STF.

Enquanto senadores como Plínio Valério (PSDB-AM) já se posicionaram de forma clara a favor do impeachment de Moraes, Omar Aziz é o único da bancada amazonense que declarou abertamente ser contra o afastamento do magistrado. A posição causa estranheza, principalmente diante dos últimos acontecimentos envolvendo Moraes, como as sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky.

O cenário de pressão se intensifica. Levantamento do portal Poder360 aponta que 33 senadores já manifestaram apoio ao impeachment, 19 são contra e os demais não definiram posição. Aziz, portanto, se encontra entre uma minoria que resiste à ideia de responsabilizar o ministro por supostos excessos, como censura à imprensa, prisões arbitrárias e perseguições políticas.

Mesmo com a crescente mobilização de eleitores, especialmente nas redes sociais, exigindo transparência, limites constitucionais e respeito à democracia, Aziz opta por manter o discurso de defesa do “Estado de Direito” ainda que esse discurso tenha sido usado para justificar medidas duramente criticadas por juristas, advogados e parlamentares independentes.

Nas ruas e nas redes, a cobrança cresce. Há quem questione se o senador ainda representa os anseios do povo amazonense ou se passou a atuar apenas como um escudo político do governo federal. Para muitos, sua permanência ao lado de figuras polêmicas como Alexandre de Moraes pode trazer consequências eleitorais em futuras disputas.

Cabe agora à sociedade e aos eleitores decidirem se essa fidelidade incondicional será premiada ou cobrada nas urnas.

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